quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sem som, sem nada. Sem título também

Pensei num som de fax, sabe aquele do telefone e que cai no tal do fax. E que tem uma divisão, estranha... Vi um espetáculo do Tadaschi e pensei no tal do fax, algo querendo se conectar, se fazer presente. Vieram também algumas imagens na minha cabeça, algumas imagens, e também, inclusive, a imagem do tal do fax, com som e tudo, é, com som e tudo. Não dá nem para reproduzir o som aqui, só consigo escutá-lo na minha imaginação, mas transcrevê-lo, não, ainda não, mas estou ouvindo, escutando as coisas, me percebendo neste lugar. Quem puder, assista o "MA BE MA", do Tadaschi Endo, em cartaz em São Paulo. E eu continuo á me imaginar como vagalume soprando o próprio vôo. Mas o melhor disso tudo é que a luz de traz além de fazer com que não só os outros me vejam neste caminhar, ilumina os olhos do meu caminho. É, ilumina sim. Assim..., como um sono bom depois de ter visto algo inspirador.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ainda Há Vagalumes Lá Fora


O caminho iluminado dos vagalumes apontam para a nossa segunda expedição em Teresina.
Reencontrar as pessoas que nos abraçaram na nossa primeira jornada, Josy Brito, Kenard, Dr. Heli, Dona Genú, Dino, Durvalino, Jorge Mendes, Douglas, Dona Deuza ... e ainda por encontrar os integrantes do Nos Trilhos do Teatro e comunidade. Compartilhar com eles esta segunda jornada é fazer germinar a semente há tempos cuidada.
Esta segunda jornada chama AINDA HÁ VAGALUMES LÁ FORA, uma residência artística em Teresina, um lugar de troca e pesquisa que tem 3 frentes de trabalho, dramaturgia/poesia, corpo/voz e audio visual. Teremos ao nosso lado pessoas queridas como Janô, Edgar Navarro.

Projeto contemplado com o Prêmio Interações Estéticas em Pontos de Cultura 2010. FUNARTE.

Lucas, bravo!
Parabéns a todos!
Obrigada João querido!

Merda sempre.

Juliana Grave.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

As estrelas e os meus vagalumes


Foto do Projeto Ainda Há Vagalumes Lá Fora

As estrelas e os meus vagalumes, agora se confundem ao meio de uma paisagem vazia, onde o espaço ocupa a si mesmo, deixando-os brilhar, livres, como que se apontando o espaço para eles alçarem vôo... E aí jã não sabemos mais o que é estrela e vagalume... E aí já não sabemos mais onde tudo começa e onde tudo termina... E aí já não sabemos mais do que são feitas as cores das tintas, que para serem cores, precisam da referência da luz, e quem sabe também de um pouco de silêncio. O projeto passa por um momento muito legal, de reconhecimento, onde as idéias aqui surgidas, os ideais artísticos pretendidos, começam a se formalizar, indo da margem para um mergulho de consciência, com corpo, voz, e fala. Voltar ás raízes, á natureza de onde vim, é como ter a morte como batismo. Algo ressurge, e ressuscita em mim uma esperança de um novo ciclo no campo pessoal, e portanto também artístico e profissional. A auto-estima do projeto ganha mais um aliado para se concretizar, e se fazer de sonho, poesia.

domingo, 20 de junho de 2010

Um nome para as coisas

São quase quatro horas da manhã e estou aqui com Juliana focando a minha atenção na parte visual do projeto, no seu conceito estético, na poesia presente nele e a melhor maneira de expressá-la de forma simples e breve, com impacto e contundência das minha idéias, dos meus pensamentos. Tem muita gente boa junto comigo me dando a maior força, duas delas são Juliana, presença constante e afetiva, e João, descoberta recente por meio dela, inclusive, quem sabe até um novo parceiro de trabalho, pela sensibilidade e crítica compartilhada junto comigo. O projeto está tomando forma. Engravidar e deixar ser engravidado, esta é a beleza de se deixar estar apaixonado por alguma coisa, tema ou figura. Leiam a Bravo deste mês com três pequenas entrevistas de três grandes atrizes proponentes dos seus ideias, da forma de pensar artisticamente. Foi um suspiro para mim, pois sei que as dificuldades vamos encontrar sempre, mas a vocação para superá-las está na força da arte que cada artista deste mundo pode se inspirar dentro de si. Boa noite, e até mais...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Por hoje é só

O cansaço é atordoante, intrigante até, porque ao resvalar em nossos sonhos, nos mistura ao prazer e á impaciência, ao devaneio e á ansiedade de experimentá-lo. Mas tudo é assim, parte de um processo de caminhada, de tentativas, onde a calma, se soubermos como dar espaço á ela, será, com certeza, a nossa melhor companheira. Enquanto isso, fico aqui, depois de mais um dia tocando Torquato, entre linhas, parágrafos, discussões com quem me acompanha, editais, e todas as formalidades de que se precisa para transformar um pensamento e um gesto em poesia de um mundo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Antes do Mergulho

Foto: Juliana Grave


Sonhei que voava, voava, nem alto, nem baixo, apenas por si só, eu
voava, e isso me bastava. Me bastava porque tudo era verdadeiro,
espontâneo, com saúde, beleza e liberdade. Viajo nesta quarta á
noite para Teresina, e volto na próxima terça. Te ligo para contar
as novas... Encontros, lugares, temperatura do vôo, se o que vi lá
de cima é mais bonito do que o que se vê aqui de baixo...



Lucas Valadares
São Paulo 08/06/2010

Primeiro Mergulho

Foto: Juliana Grave

O Sol no rosto, e a Liberdade por tecer
As letras maiúsculas, tanto para a maior estrela que nos vigia, como para o substantivo que rompe o tempo e o espaço, não são para resignificar a dimensão já inerente na qualidade poética e essencial dessas duas forças, mas para assumir, de fato, uma espécie de compromisso que eu tenho com elas, pois assism como elas me deram espaço para sobrevoar á experiência em Teresina, capital do Piauí, também, aqui, como forma de cortejá-las, tenho um gesto recíproco aos olhares por ele e por ela lançados, misteriosamente, até á mim. Esta viagem foi um encanto, cheio de sinais. A vida é um encanto, e por ela me desdobro, sem força e sofrimento, apenas ocupo o meu espaço nela. E o Sol no rosto, e a Liberdade por tecer, continuam a me vigiar e a romper o tempo e o espaço que me cerca, e ainda assim, vejo que tudo á minha volta não tem fronteiras, e continuo á sobrevoar á mim mesmo. Quem quiser acompanhar este mergulho de pássaro, pode vir, os pequenos peixes ainda são muitos ao mar.


Lucas Valadares - 16 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

COGITO

EU SOU COMO EU SOU


Foto: Juliana Grave

PRONOME
PESSOAL INTRANSFERÍVEL
DO HOMEM QUE INICIEI
NA MEDIDA DO IMPOSSÍVEL

EU SOU COMO EU SOU
AGORA
SEM GRANDES SEGREDOS DANTES
SEM NOVOS SECRETOS DENTES
NESTA HORA

EU SOU COMO EU SOU
PRESENTE
DESFERROLHADO INDECENTE
FEITO UM PEDAÇO DE MIM

EU SOU COMO EU SOU
VIDENTE
E VIVO TRANQUILAMENTE
TODAS AS HORAS DO FIM.

TORQUATO NETO.