Foto: Juliana Grave
Acredito que ainda haja vagalumes lá fora, aqueles que realmente piscam e voam. E quando escrevo "ainda", não é com a intenção de revelar nenhuma espécie de pessimismo quanto á força na qual acredito que haja na humanidade em poder se transformar a partir e através do outro. Escrevo "ainda" por uma percepção muito particular do universo, por uma espécie de reflexão inconsciente como cidadão e artista, o que vem me transformando como ser humano. Começo a perceber aqui esses vagalumes que sempre existiram, mas em que determinado período eu os percebia sem os notar, até mesmo como uma espécie de defesa para vivenciar este meu momento de reclusão, de escuridão necessária, para que esses vagalumes incendiassem de alguma maneira a minha expectativa de futuro. Ainda há vagalumes lá fora vem cobrar a minha participação ativa em alguns princípios que poderão vir a compor na formação de um pensamento artístico que se renove na sua relação com esta região, sua comunidade, através da sua matriz poética. As implicações resultantes desta trajetória serão as sementes para a feitura de um primeiro tratamento na composição de uma dramaturgia para o espetáculo solo aqui proposto. Respirar fundo o oxigênio, e partir para abraçar á todos que voam também!
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